terça-feira, 1 de setembro de 2009

DICAS DO BUFFETT

É melhor se aproximar de pessoas melhores que você (nos negócios).Associando-se a elas que são melhores que você, elas lhes levarão na melhor direção.

sábado, 29 de agosto de 2009

PÉROLAS DE WARREN

Se um negócio vai bem, a ação provávelmente irá bem.Leva-se 20 anos para se construir uma reputação e cinco minutos para perdê-la. Se você entender isto, fará coisas diferentes no futuro.É melhor comprar uma excelente empresa a um preço vantajoso do que uma empresa vantajosa a um preço ruim. É melhor comprar uma excelente empresa a um preço vantajoso do que uma empresa vantajosa a um preço ruim.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

BUFFETT ON GRAHAM

Antes de ler o livro (O investidor inteligente de Ben Graham), fiz de tudo. Reuni gráficos e li todo o material técnico. Ouvi todas as dicas. Então li "O investidor inteligente", de Graham. Foi como se visse a luz.

sábado, 15 de agosto de 2009

ESQUEÇA A MATEMÁTICA

Se fossem necessários cálculos complexos, eu teria que voltar a entregar jornais.Nunca senti a menor falta da álgebra. Basicamente você está tentando calcular o valor de uma empresa. De fato é preciso dividir o lucro pelo numero de ações em circulação; portanto, deve-se saber divisão. A boa ou má compra depende da capacidade de geração de lucro da empresa no futuro, em comparação com o preço que você vai pagar pelo ativo.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

COMO DEVE SER A ADMINISTRAÇÃO DE UMA EMPRESA

- Demonstre uma capacidade acima da média conseguindo retornos acima da média.
- Pense nos acionistas como sócios-proprietários e em você mesmo como sócio executivo.
- Não encare as empresas como proprietária dos ativos.
- Tente o tempo todo aprofundar os lucros a longo prazo dos acionistas.
- Estabeleça critérios claros de desempenho para todos, inclusive para o chefe.
- Deixe os executivos exercerem suas funções com seus próprios estilos.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

CONSELHOS DE BUFFETT

1- Procure empresas com um histórico de estabilidade e de desempenho acima da média.
2- Só invista em áreas que estejam dentro de seu campo de conhecimento.
3- Coloque todos os ovos em apenas uma cesta; depois vigie a cesta.
4- Faça seus investimentos como analista de negócios, não como analista de ações.
5- Encare uma compra de ações como se estivesse comprando a empresa toda.
6- Aja sem informações sofisticadas de mercados e finanças.
7- Esteja sempre disposto a manter uma ação por um prazo mínimo de dez anos.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

DICAS DE BUFFETT 3

Eu nunca me preocupo em ganhar dinheiro na Bolsa de Valores. Eu compro uma empresa com o pressuposto que a Bolsa pode fechar amanhã e só reabrir em cinco anos.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

DICAS DE BUFFETT 2

Eue sempre soube que seria rico. Nunca duvidei disto um minuto siquer.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

DICAS DE BUFFETT 1

Regra número 1: nunca perca dinheiro.
Regra número 2: nunca esqueça a regra número 1.

domingo, 17 de maio de 2009

UM GÊNIO SOB ATAQUE


Depois de apresentar o pior resultado da história, Warren Buffett assume o desafio de provar que continua sendo o maior investidor de todos os tempos.
Publicado em www.portalexame.com.br
Por Giuliana Napolitano, de Omaha

Revista EXAME -

Mais de 35 000 pessoas aguardavam Warren Buffett, o maior investidor de todos os tempos, no ginásio Qwest Center, em Omaha, uma rica cidade do Meio-Oeste dos Estados Unidos, na manhã de 2 de maio. Como é comum em aglomerações desse tipo, os acionistas de sua empresa de investimentos, a Berkshire Hathaway, falavam ao mesmo tempo e, juntos, produziam um ruído que podia ser ouvido a centenas de metros de distância. Assim que Buffett colocou o pé numa das extremidades da quadra, exatamente às 8h30, fez-se um silêncio imediato. Andando rápido, sentou-se ao lado do

sócio de longa data, Charles Munger, e começou a 29a reunião anual da companhia num clima de cobrança pouco visto até então. "Queremos que ele explique o desempenho ruim do ano passado", disse o aposentado americano Jim Jacobsen, acionista da Berkshire desde 1997. Jacobsen e sua mulher estavam ansiosos.

Haviam chegado ao Qwest Center às 5 da manhã para garantir um bom lugar em meio à multidão de investidores vindos de todas as partes dos Estados Unidos e do mundo. Em 2008, a Berkshire perdeu 11,5 bilhões, o que diminuiu seu valor patrimonial em 10%, o pior resultado desde que foi fundada, em 1965. Diante da multidão, Buffett não fez rodeios: "Cometi erros", disse. Ele também sofreu um duro golpe da agência de classificação de risco Moody’s, que rebaixou o rating de sua companhia pela primeira vez. (A Moody’s, da qual Buffett é um dos principais acionistas, tornou-se uma pedra no sapato por esse e por outro motivo: não é confortável ser sócio de uma empresa que vem sendo apontada como uma das vilãs da crise.) "Nunca achei que isso fosse acontecer, mas aconteceu", declarou Buffett.
Ao longo de quase meio século, Warren Buffett construiu uma aura de infalibilidade. Graças ao descomunal bom senso e ao fabuloso índice de acertos dele, os investidores sentiram-se no direito de acreditar que tudo poderia dar errado num ano como o de 2008 - menos as apostas de Buffett. "Árvores não crescem até o céu", ele costuma dizer. Agora, aos 78 anos de idade e dono de uma fortuna de 37 bilhões de dólares, Buffett tem de explicar por que sua árvore parou de crescer e como ele pretende fazer com que ela volte a dar frutos. A tradicional reunião de Omaha é o palco global escolhido para que ele faça isso.

Ao longo de quase 7 horas, Buffett e Munger responderam a mais de 50 perguntas de acionistas, algumas sobre a crise econômica, mas a maioria cobrando explicações. "Você acha que aplicar de forma tão agressiva em derivativos é uma estratégia apropriada?", perguntou um investidor - esses contratos, que são de altíssimo risco, geraram prejuízo de quase 5 bilhões de dólares para a Berkshire em 2008. Outro acionista quis saber por que a companhia manteve sua participação na Moody’s mesmo depois de a agência ter errado na avaliação de centenas de títulos imobiliários. E um terceiro perguntou se a estratégia de comprar ações para mantê-las em carteira "para sempre", algo que Buffett diz ser seu objetivo, era mesmo tão eficiente. O gênio está sob ataque. "Ele está exposto em várias frentes: precisa justificar sua habilidade como gestor de negócios, explicar suas estratégias e até o que será de sua companhia quando ele não estiver mais lá", disse a EXAME Alice Schroeder, que passou cinco anos entrevistando Buffett e pessoas ligadas a ele para escrever a biografia Bola de Neve, publicada em 2008.

Além do desempenho financeiro ruim, o que surpreendeu investidores, gestores de recursos e especialistas do mercado financeiro que acompanham a Berkshire foram alguns investimentos pouco ortodoxos feitos no ano passado. A Berkshire é uma gigantesca companhia que aplica em dezenas de empresas de diferentes tamanhos, perfis e setores. Detém fatias relevantes do capital de empresas de capital aberto, como American Express, Coca-Cola e Procter&Gamble, e é dona de mais de 50 companhias pouco conhecidas, como a rede de fast food Dairy Queen, a seguradora americana Geico, a rede de joalherias Borsheim’s e até a fabricante das facas Ginsu. Somado, o faturamento do grupo foi de 108 bilhões de dólares em 2008. O que une negócios tão distintos é uma filosofia de investimento de certa forma simples: aplicar em empresas bem administradas, baratas e que atuem em setores conhecidos por Buffett e Munger, um discreto e sarcástico advogado de 85 anos, que há décadas atua como uma espécie de alter ego do sócio famoso. O objetivo nunca foi assumir grandes riscos nem operar no curtíssimo prazo, mas montar um portfólio que gerasse retornos consistentes. Em resumo: o lema da Berkshire sempre foi o oposto do que se viu na recente era dos excessos financeiros. Em termos de valores, a Berkshire sempre pareceu uma seita puritana - Buffett era o pastor à sua frente. Os ganhos de longo prazo é o que importava. As empresas precisavam fazer sentido, oferecendo algo que o mercado quisesse realmente comprar. A reputação era o principal ativo. Os executivos tinham de ser bons e comprometidos com o negócio e com o acionista.

Em 2008, porém, Buffett mantinha 251 contratos de derivativos ligados a ações e operações de crédito - títulos muito parecidos com aqueles que levaram dezenas de instituições financeiras à ruína nos últimos meses e que, há poucos anos, o próprio Buffett havia chamado de "armas de destruição em massa" por expor os investidores a riscos muito elevados. A Berkshire também comprou 10% de uma obscura fabricante chinesa de baterias e carros elétricos, a BYD, por 230 milhões de dólares. Fundada em 1995 pelo engenheiro Wang Chuan-Fu, com 300 000 dólares levantados entre parentes, a BYD se tornou uma das maiores fabricantes de baterias para celular do mundo e, recentemente, desenvolveu um modelo de carro elétrico de baixo custo. Ao colocar dinheiro na empresa, Buffett foi contra um de seus maiores mandamentos: conhecer a fundo os negócios nos quais aplica e os responsáveis por comandá-los. Pouco depois de assinar o contrato, ele admitiu não entender direito como a tecnologia usada pela BYD funciona e saber pouco sobre Chuan-Fu. "Pode parecer que ficamos loucos, mas sabemos o que estamos fazendo", diz Munger, o arquiteto do investimento na BYD e um entusiasta confesso da nova China.

Quanto mais longo é o histórico de sucesso de um negócio, mais próximo está o dia em que erros serão cometidos. A grande pergunta é se esse dia teria chegado para Buffett e seus sócios. Os críticos e os milhares de investidores que perderam dinheiro adiantaram-se em dizer que sim. Mas basta olhar para o passado para comprovar que essa é uma resposta temerária. Esta é a segunda grande prova de Buffett. Na primeira, durante a bolha da internet, no final da década de 90, ele foi chamado de conservador e ultrapassado. Enquanto o mundo estava extasiado com o surgimento e a valorização das empresas pontocom, Buffett se recusava a colocar dinheiro em negócios que, para ele, não faziam o menor sentido. Melhor amigo de Bill Gates - sua alma gêmea, em sua própria definição -, Buffett não sabia sequer ligar um microcomputador. Foi dobrado por Gates, que o convenceu com o argumento de que ele poderia jogar bridge na hora em que desejasse. Buffett, porém, continuou sem comprar ações de empresas de tecnologia por desconfiar de sua rápida obsolescência e - por consequência - desvalorização. "Procuramos negócios mais previsíveis, que não devem passar por grandes mudanças nas próximas décadas. Isso significa que perdemos oportunidades, mas também significa que perdemos menos dinheiro - o que é uma grande ajuda quando se olha para o longo prazo", disse Buffett em 1999.

Pouco tempo depois, com o estouro da bolha e o mergulho da economia americana numa das maiores crises das últimas décadas, Buffett saiu do episódio regenerado - e mais forte do que nunca. Afinal, ele tinha fatos e números a seu favor. Mesmo as ações das maiores empresas de tecnologia do mundo - Microsoft, Cisco e Intel - jamais retornaram aos patamares de pico alcançados durante a bolha. Buffett não ganhou com elas - mas, ainda melhor, não perdeu. Quem aplicou 1 000 dólares nos papéis da Berkshire em 1965 acumulou cerca de 780 000 dólares até hoje em termos reais - um retorno de 78 000%. No mesmo período, o índice S&P 500, da bolsa de Nova York, subiu 50%.

É possível que Buffett esteja passando hoje por um momento parecido com o da bolha da internet - e que os resultados dos investimentos que ele fez em 2008 só apareçam daqui a alguns anos. "Foi o que ele tentou mostrar na reunião anual, e isso acabou tranquilizando muita gente", diz Marcelo Lima, acionista brasileiro que participa de diversos fóruns internacionais de discussão sobre o desempenho da Berkshire Hathaway. Uma das promessas de rentabilidade são os oportunistas aportes de capital feitos no banco Goldman Sachs e na General Electric, que bateram à porta da Berkshire atrás de socorro financeiro no auge da crise global. "Conseguimos condições extraordinárias", disse Buffett, que negociou o direito de receber dividendos e comprar mais ações das duas companhias nos próximos cinco anos por um preço inferior ao da data de seu investimento. Sobre os derivativos - as "armas de destruição em massa" -, argumentou que os preços pagos pelos contratos foram baixos e que seus riscos para o patrimônio da empresa são pequenos. "Os derivativos são um problema para o mundo, mas usaremos esse tipo de contrato sempre que acharmos vantajoso. Nosso trabalho é ganhar dinheiro no longo prazo, e a chance de lucrar com essas posições é alta."

Olhar mais para fora dos Estados Unidos parece ser outra nova aposta de Buffett e Munger - e, segundo pessoas próximas a eles, é possível que o Brasil esteja nos planos. "Buffett começou a dedicar parte de seu dia a estudar empresas estrangeiras em 2003. Mas essas pesquisas são feitas sem pressa e, claro, em segredo", diz Alice Schroeder. Sabe-se que ele começou suas análises pela Ásia porque fez alguns investimentos na região. "Nunca estive no Brasil, mas fui convidado recentemente e vou aceitar", disse Buffett a EXAME, logo após a reunião anual. "Estou presente no país por meio dos negócios internacionais das empresas nas quais invisto, como a Coca-Cola. Sei que há grandes negócios no Brasil, mas aparentemente eles não estão à venda. Se a oportunidade se apresentar, estarei aberto. Há países onde eu não estaria devido ao risco cambial. Não é o caso do Brasil. Já fiz investimentos em reais e estou confortável com a moeda."

Buffett mantém contato há anos com o empresário Jorge Paulo Lemann, ex-banco Garantia, ex-GP e hoje um dos controladores da ABInBev, maior cervejaria do mundo. Como os maiores acionistas individuais da Gillette, os dois foram membros do conselho de administração da empresa antes que ela fosse vendida para a Procter&Gamble, em 2005. "Lemann é um dos homens de negócio mais extraordinários que conheço", diz. Buffett também conhece o banqueiro Pedro Moreira Salles, presidente do conselho do Itaú Unibanco, e Marcelo Medeiros, ex-sócio do banco Garantia, que foram a Omaha neste ano, junto com outros investidores brasileiros, para participar da reunião anual da Berkshire. Na sexta-feira, um dia antes do evento, Moreira Salles e Medeiros tiveram uma reunião privada com Buffett no escritório dele, localizado no 14o andar do Kiewit Plaza, um dos poucos prédios de mais de dez andares de Omaha, cidade marcada por construções térreas e casas de madeira. Os três conversaram sobre a crise econômica, o mercado financeiro dos Estados Unidos e sobre o Brasil - Buffett teria elogiado a ABInBev.

Até hoje, a presença internacional da Berkshire é mínima. Embora a companhia não divulgue detalhes, sabe-se que, fora a chinesa BYD, ela mantém participações na coreana Posco, uma das maiores siderúrgicas da Ásia, e em pequenas firmas israelenses. "Não acordo de manhã dizendo: ‘Vou colocar dinheiro neste ou naquele país’. Invisto quando aparece uma oportunidade que faça sentido", diz Buffett. A predominância de empresas americanas - muitas delas sediadas em estados do Meio-Oeste - fica evidente numa espécie de feira de exposições montada no Qwest Center ao lado do ginásio em que ocorre a reunião anual. O galpão de 18 000 metros quadrados foi dominado por estandes de lojas como a da revendendora de móveis e eletrodomésticos Nebraska Furniture Mart, da marca de botas Justin Brands e da fabricante de doces See’s Candies. No estande da Justin Brands, havia até um pasto artificial com bois e cavalos. "Nosso objetivo é vender e o Warren sempre quer saber o que vamos trazer de novo para a exposição, ele adora isso", disse a EXAME Randy Watson, presidente da empresa.

Dependendo de quanto tempo Buffett levar para colocar em prática a expansão internacional da Berkshire, é possível que ele não esteja mais à frente da empresa para contabilizar os resultados da estratégia. Buffett acumula os três principais cargos da companhia - presidente do conselho, presidente executivo e diretor de investimentos - e é cobrado para definir sua sucessão, embora não dê nenhum sinal de que pretenda se aposentar. "O Warren não vai sair de cena tão cedo. No seu funeral, ele quer que as pessoas digam: ‘Puxa, esse é o defunto mais velho que eu já vi!’ ", diz Munger. Pessoas próximas a Buffett dizem que ele vem planejando sua sucessão há anos. Ele já teria escrito uma carta, cuja introdução é "Ontem eu morri", que traz orientações sobre como os negócios devem ser conduzidos em sua ausência. "Essa questão gera muita ansiedade, porque Buffett é a alma e o coração da Berkshire", diz Jeff Mathews, gestor de um fundo de hedge e autor de Pilgrimage to Warren Buffett’s Omaha ("Peregrinação à Omaha de Warren Buffett", numa tradução livre).

Durante a reunião em Omaha, Buffett disse ter três profissionais em mente para ocupar o posto de presidente executivo. "Não vou divulgar mais do que isso", declarou. Em diversos eventos paralelos de investidores e gestores de recursos que ocorreram na cidade no fim de semana da reunião anual, os nomes mais citados para substituí-lo eram os de três presidentes de negócios controlados pela Berkshire: David Sokol, da companhia energética MidAmerican, o indiano Ajit Jain, responsável pela unidade de resseguros, e Tony Nicely, da seguradora Geico. Em comum, os três têm o fato de comandar operações bem-sucedidas e de grande porte - juntas, elas geraram quase a metade das receitas da Berkshire em 2008. Também são seguidamente elogiados por Buffett e Munger. Sobre Jain, engenheiro de 57 anos com passagem pela subsidiária indiana da IBM e pela McKinsey, Munger já disse que um dos melhores investimentos já feitos pela Berkshire foi a comissão paga ao headhunter que o contratou. "Eu poderia tentar treinar alguém para assumir o meu lugar. Mas o que essa pessoa faria? Sentaria do meu lado no escritório e me veria ler? Seria ridículo", disse Buffett.

Parece piada, mas não é. O fato é que, hoje, não há ninguém que consiga fazer o que Buffett faz. Seu trabalho não é apenas garimpar boas oportunidades de investimento nas bolsas de valores e fora delas, mas administrar as dezenas de empresas que a Berkshire controla. Não é à toa que, há anos, milhares de investidores reservam o primeiro sábado de maio para ouvir o que ele tem a dizer - e continuou assim neste ano, apesar dos resultados ruins de 2008 e da desconfiança sobre 2009. "Saber o que ele pensa sobre a crise atual é uma lição valiosa", diz Bruno Vargens, analista da gestora de recursos Fama, de São Paulo, e um dos 35 000 investidores presentes no evento. Buffett não faz previsões catastróficas para os próximos meses, mas está longe de ser otimista. "O ambiente econômico mudou e isso afetou nossos negócios, alguns de maneira permanente. Houve demissões em empresas que controlamos, especialmente naquelas voltadas para o consumo", disse. "Não acredito que teremos um bom desempenho em 2010. Se ficarmos 2 pontos acima do mercado, será ótimo. Retornos de 10% acima da média da bolsa são coisa do passado." É Buffett mais uma vez alertando seus seguidores de que as árvores não podem crescer até o céu. Mas isso não significa que ele não tenha esperança de que - com alguma sorte e decisões acertadas - elas possam crescer um pouquinho mais. Em 2008, a Berkshire Hathaway investiu mais de 20 bilhões de dólares na compra de títulos e participações em empresas como GE e Goldman Sachs. "Estamos comprando empresas em liquidação", afirmou. "Não sei o que vai ocorrer no mercado no próximo ano, mas sei que temos uma economia que funciona e sei que, no longo prazo, as pessoas vão viver melhor."

Os acionistas da Berkshire também ouviram uma série de conselhos genéricos de Buffett e Munger durante a reunião - quase todos ditos com ironia e em meio a piadas. No início da manhã de sábado, Buffett disse que ter um alto QI era a receita para o fracasso no mundo dos investimentos. "Se você precisar de uma calculadora para saber se vale ou não a pena comprar um negócio, não deve comprá-lo. Quando um investimento é bom, ele salta aos olhos", disse. Munger, tão lacônico quanto Buffett é falante, completou: "Eles ensinam esses cálculos nas escolas de negócios porque precisam ocupar o tempo dos alunos".

A dobradinha Buffett-Munger - ou Warren e Charlie, como eles são chamados pelos acionistas no Qwest Center - funciona nas reuniões como tem funcionado ao longo de mais de três décadas de sociedade. Eles criaram personagens e números que representam à frente de uma plateia que cresce a cada ano. Buffett é atencioso, falante e bem-humorado. Depois de passar 7 horas respondendo a perguntas na arena, ele faz uma pausa de 30 minutos e segue para uma sala no 2o andar do estádio, onde assina de livros a notas de dólar de investidores estrangeiros. Neste ano, ele deu mais de 1 000 autógrafos em cerca de 2 horas. Sua disposição é impressionante para quem tem sua idade e seus hábitos. Buffett vive de hambúrger, batatas fritas, Cherry Coke e balas. O ranzinza Munger é seu oposto. Os dois nasceram em Omaha, mas Munger vive em Pasadena, na Califórnia, onde é presidente do conselho de uma das empresas da Berkshire, a Wesco Financial, grupo que reúne diversos negócios, entre eles uma seguradora, um armazém e uma firma de aluguel de móveis.

Com 800 000 habitantes, Omaha tem uma longa lista de milionários. "Os primeiros acionistas da Berkshire eram amigos e parentes de Buffett na cidade e muitos continuaram com ações da empresa até hoje ou as deixaram de herança para seus filhos e netos", diz David Brown, presidente da Câmara de Comércio local. Estão sediadas ali outras três empresas que fazem parte da lista das 500 maiores companhias americanas da revista Fortune - a rede de ferrovias Union Pacific, a construtora Peter Kiewit Sons e a indústria de alimentos ConAgra Foods -, mas nenhuma delas chama tanta atenção para Omaha como a Berkshire. "Em maio, temos nosso segundo Natal no ano", disse a EXAME Susan Jacques, presidente da Borsheim’s, que tem sua única loja em Omaha.

O filho mais novo de Buffett, Peter, está entre os empreendedores que aproveitam a presença dos milhares de acionistas da empresa de seu pai na cidade. Na noite da reunião, o pianista e cantor Peter fez um show de cerca de 2 horas, no qual apresentou algumas de suas músicas estilo new age e contou histórias sobre a vida em família. As melhores, claro, são ligadas a dinheiro. "Meu pai apoiou a decisão de me tornar músico, mas não me financiou. Nas reuniões com empresários do setor, quando eu digo que preciso de recursos para algum projeto, sempre ouço: ‘Fala sério!’ " Com ou sem crise financeira, não há nenhum sinal de que a reunião anual em Omaha irá perder seu brilho. Por seu histórico e carisma, Buffett continua sendo uma bússola para seus acionistas e para milhões de investidores em todo o mundo. Enquanto ele estiver à frente da Berkshire, a peregrinação a Omaha deve continuar - até porque todos querem ver como Buffett se sairá diante de um dos maiores testes de sua carreira.

ELE É O CARA


O Oráculo de omaha:
Buffett brinca com o baralho e admite:
"Dormi no ponto"


As cartas de Buffett
Gênios também perdem dinheiro nas crises. O que torna o megainvestidor americano tão diferente dos outros?

Milton Gamez da Isto É Dinheiro

A crise do subprime pegou dois gênios das finanças americanas pelo contrapé: Bernard Madoff e Warren Buffett. Madoff, o gênio do mal, viu ruir seu castelo de cartas, que enganou milhares de investidores durante décadas e desapareceu com estimados US$ 50 bilhões. Buffett, o gênio do bem, também perdeu dinheiro no ano passado, o pior em 44 anos, mas continua dando as cartas do jogo no capitalismo americano. As ações da sua companhia de participações, a Berkshire Hathaway, caíram 32% em 2008, mas o fascínio dos seus seguidores continua em alta. No primeiro fim de semana de maio, o caipira mais rico do mundo atraiu 35 mil investidores para Omaha, em Nebraska, para mais um encontro anual com os acionistas de seu negócio, um gigante com US$ 122 bilhões. Deu um show.
Ações da Berkshire Hathaway caíram 32% em 2008,mas seu fascínio continua em alta

Aos 78 anos, o Oráculo de Omaha debochou do próprio desempenho. "Não me cobri de glórias em 2008", admitiu. No melhor estilo do Velho Oeste, espalhou cartazes de "Procura-se" com seu retrato e o do sócio Charles Munger, 85 anos, pelos salões. Projetou um filme satirizando a crise e ele mesmo, retratando- se no papel de vendedor de colchões. "Dormi no ponto e alguns perderam dinheiro por isso", justificou. Ele oferece a uma cliente um colchão com esconderijo para dinheiro e ações (no seu caso, escondeu também duas Playboy antigas). Durante cinco horas, eles responderam a perguntas diante de 18 mil pessoas que lotaram um ginásio de esportes. Coçando a orelha, bebendo Cherry Coke e comendo biscoitos, os dois velhinhos não se furtaram a responder questões difíceis e deram uma lição de economia. Na visão do enviado especial do The New York Times, Andrew Ross Sorkin, o recado principal da dupla foi este: manter a simplicidade é a melhor estratégia financeira. Nada de aplicações de difícil compreensão, como os derivativos imobiliários exóticos que misturaram contratos imobiliários de bons e maus pagadores (os subprime) e quebraram bancos americanos. "Se você precisa usar um computador ou uma calculadora para fazer a conta (se vale a pena), não deveria comprar (o ativo)", ensinou Buffett. Embora críticos, os dois demonstraram muito otimismo com o futuro. "Há ainda muita coisa errada no mundo, mas é o único que temos. Não tenho a menor ideia do que vai acontecer, mas sei que cada vez mais vamos viver melhor e melhor, pois esse é o sistema que liberta o potencial de todos. Até a China descobriu isso. Teremos dias ruins no capitalismo, mas, de modo geral, estamos progredindo rapidamente", filosofou Buffett. Munger endossou, com uma dose de sarcasmo: "Agora que estou cada vez mais perto da morte, me sinto cada vez mais otimista com o futuro da economia."

sexta-feira, 20 de março de 2009

NUNCA FIQUE CHUPANDO SEU DEDO

Consiga com antecedência qualquer informação que você precise para tomar uma decisão e pergunte a um amigo ou parente para confirmar se sua bengala tem outra ponta. Buffett se orgulha de sua rapidez em entender e tomar decisões a respeito do que conhece. Ele chama qualquer penamento ou processo desnecessário de “chupar o dedo”. Quando as pessoas lhe oferecem um negócio ou a possibilidade de um investimento, ele diz: “Não falo sobre isso até que me dêem um preço.” Ele dá esa esposta na lata.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Gente com aqueles ganhos a galera entrou sentando o taco de beiseball e fez os

SEGREDOS DE BUFFETT – 2

SEJA DIFERENTE

Não baseie suas decisões no que as pessoas estão fazendo ou dizendo. Quando Buffett começou a gerir recursos em 1956 com $100 mil em caixa, vindos de diversas pessoas, ele estava pisando em ovos. Ele trabalhava em Omaha, não em Wall Street, e se recusava a dizer a seus cotistas onde estava investindo o dinheiro deles. Pessoas disseram que ele iria falir mas quando ele fechou seu negócio, 14 anos depois, tinha em caixa mais de $100 milhões. Ao invés de seguir a multidão, ele procurou por ações desvalorizadas e ultrapassou a média do mercado a cada ano. Para Buffett a média é apenas o que as pessoas estão fazendo. Para estar acima da média, você necessita medir o que ele chama de Valor Intrínseco de uma ação, julgado por você mesmo e não pelas idéias dos outros.

terça-feira, 10 de março de 2009

SEGREDOS DE BUFFETT – 1

Reinvista seus lucros

Quando você obtém um lucro, logo é tentado a gastá-lo. Ao contrário, reinvista seu lucro. Buffett aprendeu isto muito cedo. Na escola secundária, ele e um amigo compraram uma máquina de jogos automáticos e a colocaram em uma barbearia. Com o dinheiro ganho, eles compraram outras máquinas e as colocaram em outras barbearias. Quando os amigos venderam o negócio, Buffett usou o lucro para investir em ações e iniciar um outro pequeno negócio. Com apenas 27 anos, havia juntado $174.000, o que equivale hoje a $1,4 milhão de dólares.
Até uma pequena quantia pode se tornar em um a grande fortuna.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Deitado em berço esplêndido


O americano Warren Buffett, novo homem mais rico do mundo, investe em reais
MILTON GAMEZ Isto É Dinheiro de 12-03-2008

“MANTIVEMOS APENAS UMA POSIÇÃO DE CÂMBIO EM 2007. E FOI – PRENDA O FÔLEGO – O REAL ”
Buffett, em carta aos acionistas.

Quer ser o homem mais rico do mundo? Comece cedo, trabalhe duro, invista em ações. Com esta receita, o americano Warren Buffett, 77 anos, conseguiu chegar ao topo do ranking dos bilionários. O megainvestidor desbancou o amigo Bill Gates, dono da Microsoft, que reinou por 13 anos na lista das maiores fortunas do planeta e agora ocupa o terceiro lugar, atrás do mexicano Carlos Slim. Segundo cálculos da revista Forbes, Buffett detinha uma riqueza pessoal equivalente a US$ 62 bilhões (R$ 104 bilhões), em 11 de fevereiro deste ano. Ficou US$ 2 bilhões acima de Slim e US$ 4 bilhões à frente de Gates. Em um ano, seu tesouro na bolsa de valores cresceu US$ 10 bilhões, cifra igual a toda a fortuna do empresário Antônio Ermírio de Moraes, o mais rico do Brasil. E, sinal dos tempos, o País colaborou com a ascensão financeira de Buffett.

O oráculo de Omaha, como é conhecido, ganhou uma bolada apostando no real.

Ninguém imaginaria que o real, o mesmo dinheiro que você tem no bolso, pudesse um dia entrar na carteira de Buffett. Nem ele. Ao divulgar os resultados anuais de sua empresa, a Berkshire Hathaway, no dia 1º de março, ele fez graça com a estratégia. “Mantivemos apenas uma posição de câmbio em 2007. E foi – prenda o fôlego – o real brasileiro”, escreveu aos acionistas. Dono de um humor espetacular, explicou de forma didática por que deitou no berço esplêndido do câmbio tupiniquim pela primeira vez na vida. “Há pouco tempo, trocar dólares por reais seria impensável. Afinal, no século passado, cinco versões da moeda brasileira viraram confete.” Muitos brasileiros ricos enviaram suas fortunas para os Estados Unidos, em busca de proteção. E quem fez isso perdeu, nos últimos cinco anos, metade do valor investido na moeda americana. “Desde 2002, em todos os anos o real subiu e o dólar caiu.”

Ele tem razão: a cotação das verdinhas, de R$ 3,53 no final de 2002, chegou a R$ 1,77 em dezembro passado e já está na casa de R$ 1,67. Não fosse o Banco Central, a queda seria maior ainda. “Na maior parte desse período, o governo brasileiro segurou a cotação do real e deu suporte à nossa moeda, comprando dólares no mercado”, ressaltou Buffett. Seus lucros com o real foram de US$ 100 milhões em 2007. Pode ser um pequeno passo para um gigante como ele, maior acionista de uma corporação que lucrou US$ 13 bilhões no período. Mas é um salto para os brasileiros.

Buffett é talvez o mais conservador dos grandes investidores. Ao contrário de George Soros (fortuna de US$ 9 bilhões), algoz da libra esterlina e mestre em detectar desequilíbrios nos mercados e apostar grandes somas contra as moedas, Buffett aposta a favor. E escolheu o real como porto seguro cambial de pelo menos uma parte dos seus investimentos. Como ele não gosta de arriscar um único dólar com especulações, nunca troca o certo pelo incerto e rejeita investimentos exóticos ou que simplesmente não entenda, o fato de investir qualquer soma em reais tem grande significado. E que transcende a queda da moeda americana, que, para Buffett, deve continuar enquanto os americanos gastarem US$ 2 bilhões por dia a mais em produtos importados do que nos fabricados nos Estados Unidos. “Não é que Buffett confia no real e desconfia do dólar. Ele confia nos fundamentos da economia brasileira, na força das nossas empresas”, diz o economista André Segadilha, chefe de análise da Corretora Prosper.
Pode ser. O Brasil, notório caloteiro da dívida externa no século XX, ainda não chegou ao tão almejado grau de investimento, a classificação das agências de risco que atesta quando um país é bom pagador. Mas a aposta de Buffett indica que esse selo está perto, apesar dos obstáculos globais criados pela crise financeira e pela possível recessão americana. O País, pela primeira vez na história, tem reservas de US$ 192 bilhões e passou de devedor a credor líquido internacional. Cresce acima de 5% ao ano, com forte demanda interna, tem inflação sob controle e uma moeda fortalecida como nunca se viu em tempos de câmbio flutuante. Merece, portanto, a confiança do bilionário, que sempre viu na América do Sul um destino certo para se perder dinheiro.

Não está claro como Buffett realizou sua aposta no real. Há muitas opções, desde a compra de títulos privados e públicos denominados em reais até a troca de riscos cambiais (swaps) nas bolsas de derivativos. “A grande maioria dos investidores prefere montar posições com derivativos”, diz o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, sócio da Gávea Investimentos, que já trabalhou com Soros. Dependendo da maneira como os investimentos são feitos, os estrangeiros ganham mais se também surfam a onda dos juros reais mais altos do mundo, à frente da Turquia, da Austrália e do México. Quando investem em títulos brasileiros, que pagam juros muito mais elevados que os do Tesouro americano, os estrangeiros ganham um senhor diferencial.

Enquanto a taxa básica do Banco Central, a Selic, foi mantida a 11,25% ao ano na quarta-feira 5, o Fed, banco central americano, praticava 3%. Descontada a inflação prevista, o juro real no Brasil é de 6,73%. Nos EUA, é negativo. “Somos o País com a maior taxa do planeta”, reclama o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. Os estrangeiros que investem no Brasil, ao contrário, só têm a agradecer a Henrique Meirelles, presidente do BC. Além dos ganhos com juros, ainda levam mais dólares para casa por conta da apreciação do real.

AS MÁXIMAS DE BUFFETT
Lições do mago das finanças, segundo o livro “O Tao de Warren Buffett”
"Regra nº 1: nunca perca dinheiro. Regra nº 2: nunca esqueça a regra nº 1"
"Fiz meu primeiro investimento aos 11 anos. Eu vinha desperdiçando minha vida até então"
"Invista como um católico se casa: para o resto da vida"
"Invista seu dinheiro numa empresa que até um idiota consiga administrar, porque um dia um idiota o fará"

Com a queda do dólar no mundo todo, muitos investidores globais estão diversificando suas aplicações cambiais. O suíço UBS, cuja área global de gestão de fortunas publicou na semana passada um amplo relatório sobre os desequilíbrios entre as moedas mundiais, recomenda a compra de reais. “Os prêmios são muito atrativos, a ponto de atrair investidores conservadores”, afirma Paulo Tenani, chefe de pesquisa do UBS Wealth Management para a América Latina. Segundo ele, o Brasil tem bons fundamentos para exibir o risco-país na casa dos 240 pontos, o que justificaria uma taxa Selic em torno de 9%. Ao insistir nos 11,25%, o BC aumenta ainda mais o apetite dos estrangeiros. E, naturalmente, enche de água a boca dos megainvestidores. “O Brasil é o último peru disponível em dia de Ação de Graças”, provoca o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto.

Buffett é um homem religioso e não busca milagres financeiros, mas sim sólidos resultados de aplicações em ativos com boas perspectivas de crescimento a longo prazo. Ele até compra ações de empresas estrangeiras, como japonesas e européias, mas concentra o grosso de seus investimentos nos Estados Unidos. Com ativos de US$ 273 bilhões, a Berkshire Hathaway atua nas áreas de seguros, resseguros, varejo, indústria e finanças. Controla 76 companhias e é grande acionista de ícones do capitalismo americano, como Coca-Cola, American Express, Johnson & Johnson e Kraft Foods, todas com grande presença no Brasil. Quem investiu US$ 100 na Berkshire em 1965 teria hoje US$ 400.963. Em média, o mesmo investimento na bolsa valeria US$ 6.940. Buffett só compra ações de empresas grandes, adora monopolistas e geradores de caixa. Se algum dia adquirir ações de companhias brasileiras, será o sinal definitivo de que o País mudou realmente de patamar.

O novo homem mais rico do planeta não tem pressa. Sua estréia na bolsa foi aos 11 anos de idade. Comprou três ações da Cities Services por US$ 38 cada uma. Quando chegaram a US$ 40, vendeu. Aí aprendeu sua primeira lição – longo prazo é tudo nesse mercado: os papéis chegariam depois a US$ 200. Avesso a badalações e comedido em seus gastos pessoais, Buffett retira um salário anual de apenas US$ 100 mil e ainda mora numa casa que comprou em 1958, por US$ 31,5 mil. Trabalham com ele em Omaha somente 18 pessoas, entre elas o sócio, Charlie Munger, 84 anos, vice-presidente. O bilionário garante que 99% de sua fortuna está em ações da Berkshire Hathaway. E o mais incrível é que irá doar a maior parte de seus US$ 62 bilhões para fundações filantrópicas, principalmente a de Bill e Melinda Gates. Se a saúde permitir, irá trabalhar até o fim. Ele já pensa em sua sucessão, mas descarta morrer tão cedo. “Quero garantir a vocês que nunca me senti melhor. Eu amo tocar a Berkshire e, se gozar a vida promove longevidade, o recorde de Matusalém está ameaçado”, diz, provocando os acionistas.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

PENSAMENTOS DE BUFFETT


"Regra número Um: Nunca perca dinheiro. Regra número Dois: Nunca se esqueça da regra número Um”.
"Ben Graham disse: 'Investimento é muito mais inteligente quando é feito como se fosse um negócio.' Estas são as palavras mais importantes já escritas sobre investimentos."
"Um bom negócio não é sempre uma boa compra, embora seja um bom lugar para se procurar por uma”.
"Eu prefiro comprar um excelente negócio por um preço razoável do que comprar um negócio razoável por um excelente preço”.
"Quando uma administração com brilhante reputação encontra um negócio economicamente ruim, é a reputação do negócio que se mantém intacta”.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

BLOG DO BUFFETT


Minha mais nova atenção está em estudar um pouco sobre a vida do biionário Waren Buffett. Aprendo sobre o homem e o mito.
Minha idéia será procurar artigos e reportagens em português e em inglês traduzindo os mesmos sobre este fascinante personagem.
Isto é a introdução do um projeto de curso sobre as técnicas de investiento de WB, sobre o qual já estou debruçado.
Aguardo sugestões e espero que divulguem entre seus amigos.
O endereço é www.blogdobuffett.blogspot.com
Sucesso a todos.

BLOG DO BUFFETT

Minha mais nova atração está em estudar um pouco sobre a vida do biionário Waren Buffett. Apendo sobre o homem e o mito.

Invista como Warren Buffett


O que o bilionário americano, um dos investidores mais admirados do mundo, tem a ensinar aos pequenos aplicadores
Por Giuliana Napolitano (publicado na revista EXAME de 21.08.2008)

O bilionário americano Warren Buffett, um dos investidores mais bem-sucedidos de todos os tempos, costuma dizer que seu prazo favorito de aplicação é “para sempre”. Quem tivesse isso em mente na década de 60, no início das atividades de sua empresa de investimentos, a Berkshire Hathaway, poderia ter ficado milionário. Mil dólares aplicados nas ações da companhia em 1965 teriam se transformado em cerca de 3 milhões de dólares em agosto de 2008. É verdade que o período engloba mais de 40 anos, mas uma alternativa similar de investimento — usar os mesmos 1 000 dólares para comprar os papéis que integram o índice S&P 500, da bolsa de Nova York — teria rendido pouco mais de 65 000 dólares. O desempenho excepcional de Buffett é fruto de uma estratégia peculiar — e, para muitos, discutível. Diferentemente do que prega a maioria dos especialistas financeiros, Buffett não diversifica suas aplicações e ignora relatórios de previsões econômicas. Polêmicas à parte, o certo é que o jeito Buffett de fazer negócios tem se mostrado eficaz. Muito eficaz.
Com base em livros publicados sobre Buffett e em textos que ele próprio escreveu para apresentar os resultados de sua empresa aos acionistas, EXAME compilou algumas das principais lições do guru. Antes de lê-las, porém, vale um alerta: os conselhos não são um manual sobre como se tornar um ás do mercado financeiro. Buffett aprimorou sua estratégia ao longo de mais de quatro décadas, quando adquiriu o controle ou participações majoritárias em centenas de companhias de diferentes tamanhos — da Coca-Cola à fabricante de doces See’s Candies. Hoje, administra um patrimônio de 280 bilhões de dólares. “Se alguém fizer um curso para aprender a jogar bola como Pelé, dificilmente vai conseguir reproduzir suas jogadas mais brilhantes. Mas é inegável que poderá se tornar um jogador melhor depois das aulas”, diz Rui Tabakov Rebouças, dono da gestora de recursos Tabakov Capital, com sede em Nova York, e ele próprio co-autor de um livro sobre as estratégias do megainvestidor, Os Ensaios de Warren Buffett (edição do autor).

Ignorar análises macroeconômicas
“Trinta anos atrás, ninguém poderia ter previsto o imenso impacto da Guerra do Vietnã, de duas crises do petróleo, da renúncia de um presidente, da dissolução da União Soviética (...). Diferentes choques ocorrerão nos próximos 30 anos. Não tentaremos prevê-los nem lucrar com eles”, escreveu Buffett em carta aos acionistas da Berkshire Hathaway em 1994. Ele atribui o sucesso de seus investimentos em empresas à combinação entre a análise criteriosa dos resultados e das perspectivas desses negócios e o valor de suas ações na bolsa. Seu lema é comprar bons negócios por baixos preços e, se possível, mantê-los por um longo prazo.
Aprender a avaliar empresas
Pode parecer complicado para o pequeno investidor, mas, com alguma dedicação, é possível avaliar empresas para tentar descobrir bons negócios, segundo Buffett. Como fazer? O primeiro passo é escolher poucas empresas para acompanhar — de preferência de um ou dois setores. O conselho de Buffett é se concentrar em mercados que o investidor já conheça ou entenda. Por exemplo, alguém que passou a vida trabalhando em companhias de varejo terá mais condições de analisar supermercados e outras empresas do setor do que siderúrgicas. “Especialização e sucesso andam de mãos dadas”, escreveu Mark Tier, autor de Investimentos: Os Segredos de George Soros e Warren Buffett, publicado no Brasil pela editora Campus.
Definido o nicho, o passo seguinte é levantar informações sobre as empresas que serão analisadas. De forma geral, isso pode ser feito lendo os relatórios de análise de bancos e corretoras e os balanços anuais publicados pelas companhias abertas. Mas também vale a pena buscar informações in loco. Uma história famosa sobre Buffett conta que, em 1965, ele passou cerca de um mês contando os vagões-tanque que passavam pela ferrovia de Kansas City. Buffett não estava interessado nos trens, mas numa empresa que fabricava aditivos para a gasolina transportada nos vagões. Queria saber se a demanda pelo produto estava aumentando. Quando os carregamentos, de fato, cresceram, ele comprou ações da empresa e embolsou um ganho de mais de 60%.
A recomendação de Buffett é procurar características que diferenciem a empresa de seus concorrentes — por exemplo, custos mais baixos de produção, uma marca consolidada ou a liderança isolada de um mercado. É o que ele chama de “fosso” ou “barricada”, isto é, algo que funciona como uma barreira e deixa as demais companhias do setor distantes.
Aproveitar a volatilidade

Uma vez que o investidor define em quais ações quer aplicar, o melhor negócio é comprá-las pelo menor preço possível. Por isso, diz Buffett, a volatilidade dos mercados é a maior aliada do “verdadeiro investidor”. São os altos e baixos das bolsas de valores que permitem que papéis de empresas atrativas sejam comprados por preços baixos. Seu raciocínio, extraído de uma carta aos acionistas em 1997, é o seguinte: assim como quem vai trocar de carro de tempos em tempos — e não é uma montadora — deve preferir que os preços dos automóveis fiquem baixos, quem pretende poupar mais do que gastar nos próximos dois ou três anos deve torcer por um mercado de baixa. “Somente aqueles que serão vendedores de ações no futuro próximo deveriam ficar felizes com sua valorização”, escreveu ele.
Pensar no longo prazo
Para conseguir ganhar com a instabilidade dos mercados, o investidor precisa, de fato, ter condições de deixar seu dinheiro aplicado por prazos longos — no caso da Berkshire Hathaway, isso significa manter uma ação em carteira por décadas. A Coca-Cola, por exemplo, faz parte de seu portfólio desde 1988. Isso não quer dizer, porém, que Buffett nunca venda as ações ou participações de empresas que possui. “Ele se desfaz de alguma posição quando acha que a companhia não tem mais como se valorizar ou quando houve algum erro na sua avaliação”, diz Rui Tabakov, que organizou um seminário sobre investimentos que abordará vários aspectos da estratégia de Buffett e ocorrerá no início de setembro em São Paulo.
Não diversificar
Um dos conselhos mais repetidos no mundo dos investimentos é o que diz que a melhor forma de reduzir riscos é diversificar suas aplicações. Buffett pensa o contrário. Para ele, o risco aumenta quando se investe em muitas empresas, porque é impossível ter informações detalhadas sobre todas elas. “Diversificação é uma proteção contra a ignorância e não faz muito sentido para aqueles que sabem o que estão fazendo”, diz ele, que mantém quase todo o seu patrimônio aplicado nas ações da Berskhire Hathaway. Até aqui, essa estratégia transformou Buffett no homem mais rico do mundo, com um patrimônio estimado em 62 bilhões de dólares.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

INVISTA COMO WARREN BUFFETT

ENTREVISTA COM O MEGA INVESTIDOR WARREN BUFFETT


Entrevista com Warren Buffet, o homem mais rico...
09/01/20
Reproduzido no site www.kaemebrasil.com.br

Houve uma entrevista de uma hora, na NBC, com Warren Buffet, o homem mais rico do mundo, que recentemente fez uma doação de 31 bilhões de dólares para a caridade.
A seguir, alguns aspectos interessantes de sua vida.

1. Comprou a sua primeira ação aos 11 anos, e hoje lamenta tê-lo feito tardiamente! As coisas eram baratas naquele tempo…

Incentive seus filhos a investirem.

2. Comprou uma pequena fazenda aos 14 anos, com as economias oriundas da entrega de jornais. Pode-se comprar muitas coisas com pequenas economias.

Incentive seus filhos a iniciarem algum tipo de negócio.

3. Ainda vive na mesma casa modesta, de 3 quartos , no distrito de Omaha, a qual comprou após se casar, 50 anos atrás. Diz ele que tem tudo o que precisa naquela casa. Sua casa não possui muros nem cercas.

Não compre mais do que você ‘realmente precisa’, e incentive seus filhos a fazerem e pensarem o mesmo.

4. Dirige seu próprio carro para todo lugar, e não tem motorista particular, nem equipe de segurança à sua volta.

Você é o que é…

5. Nunca viaja em jato particular, embora seja proprietário da maior companhia aérea privada do mundo.

Pense sempre num jeito de realizar as coisas de maneira econômica.

6. Sua empresa, Berkshire Hathaway, possui 63 companhias. Escreve apenas uma carta anual aos principais executivos destas companhias, dando-lhe as metas para o ano. Nunca promove encontros nem os convoca habitualmente.

Nomeie as pessoas certas para as missões certas.

7. Transmitiu aos seus executivos somente duas regras:
Regra nº 1: não perca nenhum centavo do dinheiro de seu acionista.
Regra nº 2: não se esqueça da regra nº 1.

Estabeleça metas e certifique-se de que as pessoas nelas se concentrem.

8. Não costuma freqüentar a alta-sociedade. Seu passatempo, após chegar em casa, é fazer ele mesmo um pouco de pipoca e assistir a televisão.

Não tente se mostrar, simplesmente seja você mesmo e faça aquilo que gosta de fazer.

9. Warren Buffet não usa telefone celular, nem tem computador sobre sua mesa.

10. Bill Gates, o terceiro homem mais rico do mundo, encontrou-se com ele, da primeira vez, cinco anos atrás.. Bill Gates achava que nada tinha em comum com Warren Buffet. Portanto, programara seu encontro apenas por meia hora. No entanto, quando Gates o encontrou, este encontro perdurou por dez horas, e hoje em dia, Bill Gates o considera o seu guru.

Seus conselhos aos jovens:

‘Fique longe de cartões de crédito e empréstimos bancários, invista o seu dinheiro em você mesmo, e lembre-se:

A. O dinheiro não cria o homem, mas é o homem quem criou o dinheiro.
B. Viva a sua vida da maneira mais sImples possível.
C. Não faça o que os outros dizem - ouça-os, mas faça aquilo que você se sente bem ao fazer.
D. Não se apegue às grifes famosas; use apenas aquelas coisas em que você se sinta confortável.
E. Não desperdice o seu dinheiro em coisas desnecessárias; ao invés disto, gaste nas coisas que realmente precisa.
F. Afinal de contas, a vida é sua ! Então, por que permitir que os outros estabeleçam leis em sua vida ?’

‘As pessoas MAIS FELIZES NÃO TEM, necessariamente, as ‘MELHORES’ COISAS. Elas simplesmente APRECIAM aquilo que tem’.